Entrevistas
Patrícia Garrido
Patrícia Garrido licenciou-se em pintura na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa (ESBAL). Participou em inúmeras exposições colectivas, entre as quais: Mais Tempo, Menos História, Fundação de Serralves, Porto (1996); O Império Contra-Ataca, Galeria ZDB, Lisboa (1998); Squatters, Galeria do CRUARB, Porto (2001). Exposições individuais incluem: T1, Fundação de Serralves, Porto (1998); Móveis ao Cubo, Desenhos ao Acaso, TREM Galeria Municipal de Arte, Faro (2009); Peças Mais ou Menos Recentes, Fundação EDP, Museu Nacional Soares dos Reis e Galeria Fernando Santos, Porto (2013).
A sua obra encontra-se nas seguintes colecções: Museu do Chiado, Fundação de Serralves, Museu de Arte Contemporânea do Funchal, Fundação EDP, Coleção António Cachola e ainda a Coleção Banco Privado. A partir dos princípios da assemblage, da apropriação intervencionada e da construção abstrata, a artista cria objectos que apelam à leitura atenta dos seus próprios processos, à surpresa e à sua natureza intrínseca. Isolados ou concebidos para diálogos no espaço, têm a presença e o apelo tátil da escultura, mas também a desenvoltura do desenho e o desafio intrigante da sua referência simbólica latente.
Eu vivi sobretudo em muitas casas quando era criança. Portanto, faz parte da minha, das minhas memórias, esta espécie de não pertencer a nenhum sítio, estar sempre em mudança. E se calhar por isso é tão importante este aspeto deste levantamento, para mim, do espaço onde vivi, é uma coisa minha e sempre fiz projetos que tinham a ver com o espaço em que eu vivi.
Patrícia Garrido em conversa com Miguel Nabinho