
Pedro Cabrita Reis
Flores
29 SETEMBRO- 27 NOVEMBRO 2023
Uso a fotografia como forma de investigar e tentar entender estes mares. Tentei torná-los mais artificiais e menos naturais.
Nuno Cera em conversa com Miguel Nabinho
Photographic documentation
Biografia do Artista
Pedro Cabrita Reis nasceu em 1956 em Lisboa, cidade onde vive e trabalha atualmente. O seu trabalho tem vindo a ser reconhecido internacionalmente, tornando-se crucial e decisivo para o entendimento da escultura a partir de meados da década de 1980. A sua complexa obra caracteriza-se por um discurso filosófico e poético idiossincrático, abrangendo uma grande variedade de meios: pintura, escultura, fotografia, desenho e instalações compostas por materiais industriais, achados e objectos manufacturados. Ao utilizar materiais simples submetidos a processos construtivos, Cabrita recicla reminiscências quase anónimas de gestos e acções primordiais repetidos no quotidiano.
A complexa diversidade teórica e formal da obra de Cabrita procede de uma reflexão antropológica, contrária ao reducionismo do discurso sociológico.
De facto, é nos silêncios e nas indagações que a obra de Cabrita assenta e se constrói.
Pedro Cabrita Reis participou em exposições internacionalmente consagradas, como a Documenta IX e XIV em Kassel em 1992 e 2017, a 21ª e 24ª Bienais de São Paulo, respetivamente em 1994 e 1998, no Aperto da Bienal de Veneza em 1997. Em 2003, representou Portugal na Bienal de Veneza, em 2013 apresentou "A Remote Whisper", 55ª Bienal de Veneza e participou na Xème Biennale de Lyon, "The Spectacle of the Everyday", Lyon, 2009. Em 2022 Cabrita apresentou nas Tuileries "Les Trois Grâces" encomendado pelo Museu do Louvre, e por ocasião da 59ª Bienal de Veneza Cabrita Reis apresenta "Campo" na Chiesa di San Fantin.
Biografia do Artista
De facto, é nos silêncios e nas indagações que a obra de Cabrita assenta e se constrói.
Pedro Cabrita Reis participou em exposições internacionalmente consagradas, como a Documenta IX e XIV em Kassel em 1992 e 2017, a 21ª e 24ª Bienais de São Paulo, respetivamente em 1994 e 1998, no Aperto da Bienal de Veneza em 1997. Em 2003, representou Portugal na Bienal de Veneza, em 2013 apresentou "A Remote Whisper", 55ª Bienal de Veneza e participou na Xème Biennale de Lyon, "The Spectacle of the Everyday", Lyon, 2009. Em 2022 Cabrita apresentou nas Tuileries "Les Trois Grâces" encomendado pelo Museu do Louvre, e por ocasião da 59ª Bienal de Veneza Cabrita Reis apresenta "Campo" na Chiesa di San Fantin.
Patrícia Garrido graduated in painting at the Escola Superior de Belas-Artes in Lisbon (ESBAL). She has participated in numerous group exhibitions which include: Mais Tempo, Menos História, Serralves Foundation, Porto (1996); O Império Contra-Ataca, Galeria ZDB, Lisbon (1998); Squatters, Galeria do CRUARB, Porto (2001). Solo exhibitions include: T1, Serralves Foundation, Porto (1998); Móveis ao Cubo, Desenhos ao Acaso, TREM Galeria Municipal de Arte, Faro (2009); Peças Mais ou Menos Recentes, EDP Foundation, Museu Nacional Soares dos Reis and Galeria Fernando Santos, Porto (2013).
Pedro Cabrita Reis nasceu em 1956 em Lisboa, cidade onde vive e trabalha atualmente. O seu trabalho tem vindo a ser reconhecido internacionalmente, tornando-se crucial e decisivo para o entendimento da escultura a partir de meados da década de 1980. A sua complexa obra caracteriza-se por um discurso filosófico e poético idiossincrático, abrangendo uma grande variedade de meios: pintura, escultura, fotografia, desenho e instalações compostas por materiais industriais, achados e objectos manufacturados. Ao utilizar materiais simples submetidos a processos construtivos, Cabrita recicla reminiscências quase anónimas de gestos e acções primordiais repetidos no quotidiano.
A complexa diversidade teórica e formal da obra de Cabrita procede de uma reflexão antropológica, contrária ao reducionismo do discurso sociológico.
Biografia do Artista
Pedro Cabrita Reis nasceu em 1956 em Lisboa, cidade onde vive e trabalha atualmente. O seu trabalho tem vindo a ser reconhecido internacionalmente, tornando-se crucial e decisivo para o entendimento da escultura a partir de meados da década de 1980. A sua complexa obra caracteriza-se por um discurso filosófico e poético idiossincrático, abrangendo uma grande variedade de meios: pintura, escultura, fotografia, desenho e instalações compostas por materiais industriais, achados e objectos manufacturados. Ao utilizar materiais simples submetidos a processos construtivos, Cabrita recicla reminiscências quase anónimas de gestos e acções primordiais repetidos no quotidiano.
A complexa diversidade teórica e formal da obra de Cabrita procede de uma reflexão antropológica, contrária ao reducionismo do discurso sociológico.
De facto, é nos silêncios e nas indagações que a obra de Cabrita assenta e se constrói.
Pedro Cabrita Reis participou em exposições internacionalmente consagradas, como a Documenta IX e XIV em Kassel em 1992 e 2017, a 21ª e 24ª Bienais de São Paulo, respetivamente em 1994 e 1998, no Aperto da Bienal de Veneza em 1997. Em 2003, representou Portugal na Bienal de Veneza, em 2013 apresentou "A Remote Whisper", 55ª Bienal de Veneza e participou na Xème Biennale de Lyon, "The Spectacle of the Everyday", Lyon, 2009. Em 2022 Cabrita apresentou nas Tuileries "Les Trois Grâces" encomendado pelo Museu do Louvre, e por ocasião da 59ª Bienal de Veneza Cabrita Reis apresenta "Campo" na Chiesa di San Fantin.
Biografia do Artista
Estas flores são as flores de um tempo que há de vir.
Pedro Cabrita Reis em conversa com Miguel Nabinho
Obras
Biografia do Artista
"Estas flores são francamente flores, não são flores disfarçadas, digamos, nem de arte abstrata nem conceptual, são, com um grande prazer na sua execução, verdadeiras representações daquilo que será um conceito de flor, não sendo um conjunto de pinturas que se possa dizer com uma ligação profunda e incontornável a Morandi, artista por quem eu tenho uma grande admiração e encanto.
Ao Morandi vou buscar os vasos das plantas e, a mim próprio, estas flores impossíveis que não existem.
Estas flores são as flores de um tempo que há de vir, provavelmente, com uma ligação e um enraizamento que ultrapassa as fases do ano, as estações, são flores que sendo aparentemente reconhecíeis enquanto flores são, contudo, talvez ainda menos passíveis serem identificadas com a realidade de qualquer. Foram flores no pensamento, aparentemente parecem ser flores no modo como são feitas, a imagem que cada tela tem é aparentemente a representação de uma qualquer flor, mas sendo certo que elas não são a representação de nenhuma flor, ficamos apenas preparados, ou restam-nos apenas, olhar-se para elas como uma expressão de um pensamento, de um desenho sobre aquilo que é a matéria de que se faz o trabalho do artista.
Não há nenhum botânico que identificaria esta flor, e, contudo, todos saberemos que são flores."
Pedro Cabrita Reis em conversa com Miguel Nabinho
passíveis serem identificadas com uma realidade qualquer. Foram flores no pensamento, aparentemente parecem ser flores no modo como são feitas (a imagem que cada tela tem é aparentemente a representação de uma qualquer flor) mas sendo certo que elas não são a representação de nenhuma flor, ficamos apenas preparados, ou resta-nos apenas olhar para elas como uma expressão de um pensamento, de um desenho sobre aquilo que é a matéria de que se faz o trabalho do artista.
Não há nenhum botânico que identificaria esta flor e contudo todos saberemos que são flores."
Pedro Cabrita Reis em conversa com Miguel Nabinho
Patrícia Garrido graduated in painting at the Escola Superior de Belas-Artes in Lisbon (ESBAL). She has participated in numerous group exhibitions which include: Mais Tempo, Menos História, Serralves Foundation, Porto (1996); O Império Contra-Ataca, Galeria ZDB, Lisbon (1998); Squatters, Galeria do CRUARB, Porto (2001). Solo exhibitions include: T1, Serralves Foundation, Porto (1998); Móveis ao Cubo, Desenhos ao Acaso, TREM Galeria Municipal de Arte, Faro (2009); Peças Mais ou Menos Recentes, EDP Foundation, Museu Nacional Soares dos Reis and Galeria Fernando Santos, Porto (2013).
"Estas flores são francamente flores, não são flores disfarçadas nem de arte abstrata, nem conceptual. São, com um grande prazer na sua execução, verdadeiras representações daquilo que será um conceito de flor, não sendo um conjunto de pinturas que se possa dizer com uma ligação profunda e incontornável a Morandi artista por quem eu tenho uma grande admiração e encanto (...).
Ao Morandi vou buscar os vasos das plantas e a mim próprio estas flores impossíveis que não existem (...).
Estas flores são as flores de um tempo que há de vir, provavelmente com uma ligação e um enraizamento que ultrapassa as fases do ano, as estações. São flores que sendo aparentemente reconhecíveis enquanto flores são ainda menos
"Estas flores são francamente flores, não são flores disfarçadas, digamos, nem de arte abstrata nem conceptual, são, com um grande prazer na sua execução, verdadeiras representações daquilo que será um conceito de flor, não sendo um conjunto de pinturas que se possa dizer com uma ligação profunda e incontornável a Morandi, artista por quem eu tenho uma grande admiração e encanto.
Ao Morandi vou buscar os vasos das plantas e, a mim próprio, estas flores impossíveis que não existem.
Estas flores são as flores de um tempo que há de vir, provavelmente, com uma ligação e um enraizamento que ultrapassa as fases do ano, as estações, são flores que sendo aparentemente reconhecíeis enquanto flores são, contudo, talvez ainda menos passíveis serem identificadas com a realidade de qualquer. Foram flores no pensamento, aparentemente parecem ser flores no modo como são feitas, a imagem que cada tela tem é aparentemente a representação de uma qualquer flor, mas sendo certo que elas não são a representação de nenhuma flor, ficamos apenas preparados, ou restam-nos apenas, olhar-se para elas como uma expressão de um pensamento, de um desenho sobre aquilo que é a matéria de que se faz o trabalho do artista.
Não há nenhum botânico que identificaria esta flor, e, contudo, todos saberemos que são flores."
Pedro Cabrita Reis em conversa com Miguel Nabinho
Fotografias da Exposição
Contudo, eu gosto de pintar flores, as minhas flores não existem em lado nenhum, ou existem no sítio mais importante, que é no pensamento
Pedro Cabrita Reis em conversa com Miguel Nabinho